O número de fabricantes, modelos, cores e marcas tem aumentado consideravelmente nas últimas duas décadas. As chuteiras que os jogadores de futebol usam são desejadas e admiradas por todos os fãs.
Aqui você pode conferir como evoluíram ao longo dos séculos:
Na Inglaterra, foram encontradas as chuteiras mais antigas que se tem notícia. Datam de 1526, época do reinado de Henrique VIII. Porém, os dados são escassos.
O futebol começou a pegar no fim do século XIX, no Reino Unido. Muitos dos clubes mais famosos da atual Premier League foram fundados entre 1880 e 1900. As botas fabricadas na época se destacavam pelo bico de metal grosso, pensadas para proteger o jogador e não para ajudar em sua performance. As primeiras chuteiras tinham cano médio e pregos na sola. Eram fabricadas com couro endurecido e chegavam a pesar 500 gramas, no seco, e até 1kg na chuva.
Entre 1900 e 1940, os avanços foram lentos. As principais marcas na época eram: Gola, Hummel e Valsport.
Após a Segunda Guerra Mundial, técnica e desempenho começaram a ser levados em consideração na hora de desenvolver novos modelos de chuteiras. Na América do Sul, chuteiras que ajudavam a controlar a bola e a correr mais rápido foram criadas.
Em 1954, os irmãos Adolf e Rudolf Dassler criaram a primeira chuteira com cravos substituíveis. A inovação ajudou o jogador a desenvolver melhor seu jogo e a manter a performance, independente do estado do campo. A velocidade e a capacidade de realizar movimentos bruscos também foram otimizadas. Depois de uma briga, Adolf acabou fundando a Adidas e seu irmão a Puma.
Algumas das marcas mais conhecidas no mundo do futebol começaram sua história nos anos 1960. Mitre, Asics e Joma deram início a fabricação de chuteiras baixas, ou seja, sem aquele cano pegando no tornozelo. O modelo deu mais liberdade ao jogador e melhorou o rendimento, além do conforto. Os modelos dessa época se parecem muito com os atuais.
Na década de 1970, as chuteiras passaram a ter cores pela primeira vez. A Adidas se consolidou como a líder mundial nesse mercado. As chuteiras da marca são ícones no mundo do futebol e muitos jogadores as utilizam.
Nos anos 1980, o jogador australiano Craig Johnston, do Liverpool, desenvolveu uma nova chuteira chamada Predadora. Em 1994, a Adidas começou a comercializá-la. O modelo tornou-se outro modelo lendário da marca. No fim dos anos 1980, apareceu outra empresa que se tornaria muito importante na história do futebol, a Umbro.
Em todos os âmbitos, os anos 1990 foram diferentes. Cravos e chuteiras tornaram-se mais leves para ajudar a explorar as habilidades e o equilíbrio dos jogadores. As marcas se multiplicaram. Mizuno e Reebok entraram no mercado com força, causando grande impacto. Mas quem merece destaque é a gigante americana Nike. Na final da Copa do Mundo de 1994, 10 jogadores calçaram as chuteiras Nike Tiempo, o primeiro modelo da marca.
Desde então, o mercado é dominado pela Adidas, Puma e Nike. Contudo, há marcas menores, como Diadora, Kelme e Lotto, que têm ajudado na melhoria das chuteiras.
Atualmente, muitas chuteiras trocaram o couro por materiais sintéticos, que são mais resistentes e leves. Elas têm sido confeccionadas sob medida para cada jogador. A tecnologia nas chuteiras também chegou para ficar. A Adidas F50, do quatro vezes Bola de Ouro Lionel Messi, tem um chip chamado MiCoach. A inovação ajuda a analisar o rendimento do atleta em diferentes situações de uma partida.
Finalizamos com a Nike Mercurial apresentada para a Copa do Mundo 2014. O modelo volta às origens ao trazer mais uma vez o cano médio aos campos, mas com tecnologia de ponta e fibras flexíveis que permitem movimentos amplos.
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