DIADORA historias e curiosidades da marca

DIADORA


A DIADORA consolidou sua presença no segmento esportivo graças à associação com grandes atletas e a constante evolução de seus produtos, sempre na vanguarda em estilo e inovação tecnológica, aliado ao primoroso design italiano. Esta é uma história sobre esporte, triunfos e inovação, mas acima de tudo a saga sobre uma marca que sempre acreditou nos reais e verdadeiros princípios do esporte.

A história
Para entender a história da DIADORA, é preciso voltar um pouco no tempo. Durante a Primeira Guerra Mundial, os vales de Veneto, do Rio Piave até o Montello, constituíram um fronte estratégico por um longo tempo disputado entre Itália e Áustria. Para suprir as necessidades do exército italiano convocado em novembro de 1917 para defender seu controle, uma produção de sapatos e botas militares foi estabelecida e isto proveu um dos itens essenciais de suprimento para a presença vitoriosa dos italianos naquela região de montanhas tortuosas. A experiência ganha durante a guerra foi consolidada no primeiro período pós-guerra com a produção artesanal de sapatilhas e botas de montanhismo. A área de Montebelluna logo se estabeleceu como ponto de referência, conhecida em toda a Itália por seu tipo de produção, moldando o contexto industrial, no qual, num futuro não muito distante, também nasceria a DIADORA.


Logo após a Segunda Guerra Mundial, em 1948, da criatividade e do espírito empreendedor de Marcello Danieli, a DIADORA foi fundada nas belas colinas Trevigiani, em Caerano di San Marco, na Província de Treviso. Combinando o conhecimento adquirido num território inóspito durante a Primeira Guerra Mundial ele saiu de casa para fabricar calçados com o objetivo de sustentar a família. Ajudado por sua esposa, conseguiu lançar com sucesso seu primeiro produto: botas de alpinismo. Rapidamente obteve sucesso em expandir seus produtos primeiro sobre Veneto, depois sobre toda a Itália. Durante esta época, DIADORA era uma verdadeira oficina onde as melhores botas de montanha eram virtuosamente produzidas à mão. A introdução de uma nova tecnologia manufatureira, como a moldagem de pressão, para cada patente comprada da América, a prosperidade crescente e a vontade da Itália de se recuperar no começo dos anos 60, fizeram com que a DIADORA se projetasse fortemente no cenário industrial.


As produções com dimensões e processos de grandes indústrias estavam aumentando no país cada vez mais, sem, de qualquer modo, renunciar à qualidade de seus produtos. Não eram mais os sapatos de sola alta e botas de montanha: a DIADORA começou a se mover através do esporte e diversificou a produção criando botas de esqui e as primeiras botas para neve. Este era apenas o primeiro passo através da dimensão esportiva que, em alguns anos, seria projetada, tornando-se imediatamente uma marca de sucesso no segmento de calçados para esporte. Entretanto, o esporte estava no caminho de tornar-se uma instituição fenomenal que mudaria o estilo de vida de muitas pessoas. Já havia sinais do potencial industrial e promoção comercial que a demanda de calçados esportivos estavam criando e tornando cada vez maiores.


A geração dos 70 estava mais interessada em competições esportivas e os tênis da DIADORA constantemente aperfeiçoados, graças à cooperação de campeões como os tenistas Guillermo Vilas e Björn Borg. Em 1976, com os Jogos Olímpicos de Montreal, veio o movimento de eventos de pista e campo e o início de um processo de diversificação gerada através de outras modalidades esportivas, como por exemplo, o atletismo. O tênis criado para Giuseppe Gentile, o celebrado campeão de salto triplo, foi um dos símbolos de uma nova era em calçados esportivos. Dois anos depois, em 1978, ocorreria o ingresso da marca no milionário e rentável mundo do futebol. Roberto Bettega foi o primeiro a estabelecer com a DIADORA, no futebol, uma parceria entre a empresa e o atleta, que começou alguns anos antes no mundo do tênis. A lista de jogadores de futebol em parceria com a DIADORA rapidamente cresceu e a marca tornou-se sinônimo de qualidade e excelência técnica neste esporte também. O fenômeno dos patrocínios nesta década provou ser de vital importância para a DIADORA: 3 milhões de pares de tênis produzidos anualmente e 3.500 pontos de venda em 45 países.


Nos anos 80, seguiu-se uma década de crescimento e sucesso, a DIADORA embarcou na total diversificação em ambos os setores, produção e patrocínio. Fortaleceu sua presença nos esportes clássicos: tênis, atletismo, futebol e ao mesmo tempo expandiu para outros esportes como ciclismo, basquete, voleibol, automobilismo, esgrima, boxe e motociclismo. Alguns dos nomes dos maiores campeões de todos os tempos estiveram ligados à DIADORA: Sebastian Coe, Niki Lauda, Francesco Moser, Edwin Moses, Moreno Argentin, Zico, a Seleção Italiana de Futebol, Alain Prost e Ayrton Senna. Este foi o período onde os grandes eventos de esporte foram televisionados: os patrocínios dos maiores campeões foram transmitidos para torcedores em todo o mundo, confirmando o renome da marca em um nível internacional.


Na década seguinte, o esporte tinha cada vez mais se tornado um fenômeno global, seguido em todas as partes do mundo e capaz de atrair a enorme atenção em massa da mídia e da indústria, não necessariamente esportiva. Nesta época a DIADORA se desenvolveu colaborando com novos campeões, testando novas e melhores soluções tecnológicas e elaborando um estilo que é sempre mais distinto e atual. Uma das maiores colaborações foi estabelecida com o jogador italiano Roberto Baggio. Por mais de dez anos, desde sua ascensão até sua aposentadoria, a marca ficou ao lado do mais famoso e admirado jogador de futebol italiano. Mas também houve muitos outros campeões que se associaram a marca nesta época: a classe de Marco Van Basten, as grandes jogadas de George Weah, o carisma do atacante Gianluca Vialli, o fervor do gol de Signori, os cortes na rede dos tenistas Boris Becker, Jim Courier, Kafelnikov, Ivanisevic e principalmente do brasileiro Gustavo Kuerten. A partir de 1996, a marca italiana passou na ser distribuída em todo território brasileiro, argentino e uruguaio. Em 30 de junho de 1998, a DIADORA foi adquirida pela Invicta, que é líder em acessórios para atividades ao ar-livre. Nos anos seguintes a marca italiana iniciou o processo de criação e lançamento de linhas Lifestyle, que misturavam design esportivo e moda urbana. Mas apesar desta grande herança, a DIADORA ingressou ao novo milênio sofrendo com constantes crises financeiras, chegou a pedir concordata e acabou sendo adquirida em 2009 pela também italiana GEOX, que tem como grande desafio rejuvenescer a marca.


A linha do tempo
1998
● Lançamento da linha DIADORA UTILITY, composta por calçados e roupas profissionais para trabalhos pesados. Os calçados possuem isolamento ao frio e calor, sola antiaderente e com resistência a perfuração, grande resistência e proporcionam total segurança para diversas atividades de risco.
2002
● Lançamento das chuteiras AXELER, desenvolvidas pela Universidade Politécnica de Milão, e que foram projetadas para garantir maior velocidade aos atletas e evitar lesões. Um filete de aço-alumínio, ligando os cravos da sola, fazia com que o calçado distribuísse melhor o impacto na hora do chute e da corrida.
● Desenvolvimento de um uniforme à prova de falsificação, batizado de “One of eleven” (“Uma das onze”). Símbolos gravados na manga da camisa mudavam de cor quando o corpo do atleta atingia a temperatura de 35º C.
2008
● Lançamento de inúmeras linhas de tênis, camisetas, bermudas, calças e bonés, com destaque para a FUN 97, uma releitura do clássico uniforme azul e amarelo usado por Guga em 1997 no torneio de Roland Garros.
● Inauguração da primeira loja conceito da marca no mundo (DIADORA SPAZIO), localizada em Porto Alegre no Rio Grande do Sul.
2009
● Lançamento da linha de tênis DIADORA 80, com identidade exclusiva e um visual baseado no clássico old school - uma releitura de modelos originados pela marca para a prática de basquete na nostálgica década de 80 e que fizeram sucesso nos pés de grandes personalidades do cenário esportivo da época.
2010
● Lançamento do DIADORA ORBITAL, um tênis de corrida ideal para os apaixonados por esse esporte. Além do visual, tanto nas versões masculina e feminina, os modelos são extremamente confortáveis e atendem as reais necessidades dos corredores, pois trazem palmilha e entressola em EVA, o que garante maior maciez e um melhor amortecimento a cada pisada.
2011
● Lançamento do DIADORA AROS SETTER W, um tênis com design moderno, indicado para a prática de corridas, onde garante um alto desempenho. Proporciona uma grande estabilidade e redução de impactos devido à tecnologia Aros e suas palmilhas em formato EVA (produz o amortecimento).


As estrelas da marca
Hoje em dia a DIADORA mantém contratos de patrocínios com atletas, clubes, árbitros e técnicos de futebol. Entre suas principais estrelas estão os ciclistas Damiano Cunego e Marco Aurelio Fontana; inúmeros jogadores de futebol, como por exemplo, o brasileiro Felipe Melo e o italiano Antonio Cassano; 22 times de futebol; e associações de arbitragens como a da Liga Italiana de Futebol (Serie A e B). Para os brasileiros a marca DIADORA ficou conhecida a partir de 1997, quando o tenista Gustavo Küerten, ainda um desconhecido no mundo do tênis, e então cabeludo, era patrocinado (desde 1995) pela marca quando venceu pela primeira vez o tradicional torneio de Roland Garros, na França, aos 17 anos. Com 20 títulos e mais de US$ 15 milhões em prêmios colecionados durante a carreira, GUGA se tornou o principal garoto-propaganda da marca, não somente no Brasil, como no mundo inteiro por mais de uma década. A marca também se notabilizou por patrocinar o árbitro do italiano Peirluigi Collina e técnicos de renome como Fabio Capello.


O nome
Este nome “sonoro e brilhante” foi sugerido para o fundador da empresa por um amigo. A palavra DIADORA é um termo derivado do grego, e originalmente significava “de Zara, um Zarantino” para especificar os habitantes da cidade de Dalmata. A expressão ecoou na Itália no começo do século 20 em nome de uma sociedade esportiva histórica, com base no Lido de Veneza, que venceu uma medalha de bronze histórica nas Olimpíadas de Paris em 1924. O nome DIADORA estava conectado a uma referência esportiva pela primeira vez, um distante prelúdio para um futuro que seria coroado com memoráveis sucessos. A palavra DIADORA, além disso, continha um significado interior que seria refletido no futuro nome da marca. Em Grego, “dia-dora” significa “por meio de dádiva”: o compartilhamento de sucessos, o conceito de time na situação competitiva, competição que respeita ambos, parceiros e adversários, isto iria se transformar nos princípios fundamentais por trás da marca italiana.


A evolução visual
A identidade visual da DIADORA passou por modificações ao longo dos tempos até adquirir uma imagem mais moderna e limpa.


Os slogans 
Passione Totale. 
Paixão Total. (Brasil) 
Light your fire. (Estados Unidos)

Dados corporativos
● Origem: Itália
● Fundação: 1948
● Fundador: Marcello Danieli
● Sede mundial: Treviso, Itália
● Proprietário da marca: Geox S.p.A.
● Capital aberto: Não (subsidiária)
● CEO: Enrico Moretti Polegato
● Faturamento: €250 milhões (estimado)
● Lucro: Não divulgado
● Presença global: + 80 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 1.000
● Segmento: Materiais esportivos
● Principais produtos: Roupas e acessórios esportivos e chuteiras
● Concorrentes diretos: Lotto, Fila, Kappa, Nike, Adidas, Puma e Reebok
● Slogan: Passione totale.
● Website: www.diadora.com

A marca no mundo
Presente em mais de 80 países ao redor do mundo, a marca italiana fatura cerca de US$ 500 milhões anualmente oferecendo uma completa linha de produtos, que incluem artigos esportivos, vestuário e calçados especiais, com adaptações diferenciadas aos mais diversos esportes, além de linhas voltadas ao streetwear. A empresa possui unidades fabris na Itália, Estados Unidos e Hong Kong. O Brasil é o segundo maior mercado da marca depois da Itália.

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