Flagrado por uso de anabolizante antes do UFC 183, quando voltou aos octógonos com vitória na decisão dos juízes contra Nick Diaz mais de um ano depois de quebrar a perna esquerda, o Spider deve seguir suspenso provisoriamente até o julgamento, que deve acontecer no mês que vem.
A NSAC se reúne mensalmente para ouvir e analisar os casos de doping no MMA. A reunião desta terça-feira já estava marcada antes mesmo de Spider testar positivo, logo, a Comissão aproveitará para fazer a audiência e ouvir o brasileiro.
Já na próxima quarta-feira, o UFC marcou uma entrevista coletiva, quando deve falar sobre o caso.
Relembre o caso
No dia 3 de fevereiro, a notícia do doping de Anderson Silva veio à tona. O ex-campeão dos médios do UFC foi flagrado por uso de metabólitos de drostanolona e androsterona, que foram encontrados no exame de sangue do lutador, realizado pela Comissão Atlética de Nevada (NSAC) no dia 9 de janeiro. O UFC 183, quando venceu Diaz, aconteceu em 31 de janeiro.
O Ultimate confirmou o doping do Spider no mesmo dia, em um comunicado oficial. Nick Diaz também foi flagrado pelo uso de maconha após a derrota para Anderson (o norte-americano também será ouvido pela NSAC nesta terça-feira).
Um dia depois, em 4 de fevereiro, Claudio Dalledone, advogado e amigo pessoal do Spider, afirmou ao ESPN.com.br que estava procurando uma equipe de juristas nos Estados Unidos para ajudar na defesa do lutador. O motivo é que os advogados brasileiros não são autorizados a atuar fora do país.
Ainda dia 4 de fevereiro, uma declaração enviada pelo empresário do lutador, Ed Soares, ao "MMA Fighting", dizia que Anderson garantiu não ter utilizado nenhuma substância ilegal.
Porém, no dia seguinte, o Spider se pronunciou pela primeira vez oficialmente, em uma nota divulgada pela sua assessoria de imprensa, e negou a autoria do comunicado enviado por seu agente. O lutador ainda disse: "Fiquem certos de que no momento exato irei me pronunciar e me posicionar".
Ainda em 5 de fevereiro, o diretor executivo e laboratorial do Sports Medicine Research & Testing Laboratory (SMRTL), Dr. Daniel Eichner, laboratório que realizou o exame de Spider, afirmou que, quando os resultados dão positivo, é necessário mais tempo para testes adicionais. A declaração surgiu depois que muito especulou-se o motivo de o resultado do doping do brasileiro ter sido revelado quase um mês depois da data realizada.
Ainda em 5 de fevereiro, a notícia que surgiu foi que o pedido para testar a contraprova de Spider em outro laboratório acabou negado pela NSAC. Bob Bennett, diretor executivo da entidade, afirmou que a equipe de Anderson pediu para que a contraprova do exame realizado em 9 de janeiro fosse realizada em um laboratório diferente do SMRTL, o que não foi permitido.
Já no dia 7 de fevereiro, o Dr. Daniel Eichner voltou a falar do caso e disse, em entrevista ao "SporTV", que não existe chance de o exame realizado pelo ex-campeão dos médios apresentar erros.
Dois dias depois, em 9 de fevereiro, foi divulgada a informação de que o segundo exame antidoping de Anderson Silva, realizado em 19 de janeiro, deu que o lutador estava "limpo". O exame, que não é contraprova do primeiro, foi realizado no mesmo laboratório, o SMRTL.
Entretanto, a notícia não impediu o que muita gente já previa. Anderson Silva foi cortado do The Ultimate Fighter Brasil 4, e seu substituto como um dos treinadores no reality será Minotauro.
No dia 12 de fevereiro, porém, a polêmica aumentou. O site "MMA Junkie", um dos mais respeitados dos EUA sobre o esporte, divulgou que Spider foi pego em mais um teste antidoping.
De acordo com o veículo, as fontes que repassaram a informação pediram anonimato por se tratar de algo tratado com sigilo. A data deste segundo teste, segundo o site, não é conhecida - é possível que seja a amostra coletada no dia 31 de janeiro, logo após a luta contra Nick Diaz no UFC 183. Porém, nada foi divulgado oficialmente.
Agora, nesta terça-feira, dia 17 de fevereiro, Anderson Silva dará sua versão sobre o caso na reunião da NSAC.
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